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sexta-feira, 22 de abril de 2016

ele + eu = nós(?)

Tua pele na minha.

Teu suor.

Teu sussurro.

Teus beijos.

Tua respiração.

Tua risada. 

Teu eu em mim.

Eu tão distante.

Eu tão indiferente.

Eu me importando.

Eu querendo.

Eu me preocupando.

Nós.

Nós sem sermos "nós".

Nós juntos, porém, distantes.

Nós vivendo entre os nós.

Aqueles nós que fugíamos, porém, cada dia, mais apertados deixamos.


domingo, 21 de dezembro de 2014

Meus olhos estão abrindo.

O que aconteceu?
Alguém acende a luz, as coisas estão meio confusas aqui.
Eu deixei de acreditar naquele mundo perfeito, sabe, o mundo onde tudo pode mudar. Um mundo onde as pessoas querem mudar. 
Eu penso muito a respeito da mudança; eu penso que ela pode ser ruim, como, também, que ela pode ser boa; porém, para mim, mudança sempre será evolução. Existe aquela falsa ideia que evolução é apenas para melhorar, mas não é. 
Evolução tem seus dois lados; lados opostos, que, às vezes, se apegam um a outro e assim transformando tudo em confusão, em ideias vagas, em princípios vazios.
Com o passar do tempo eu aprendi me desapegar das coisas, das pessoas, de tudo. E com isso eu tive consequências. Eu me desapeguei dos sentidos, dos valores, dos significados, impostos que ninguém mais duvida, pelo menos ninguém que eu conheça.
Eu desapeguei do amor, mas não plenamente. Eu desapeguei da ideia imposta a nós, que amor é aquilo, sabe, resumido e consumido. Eu vejo, pra mim, que amor é algo mais simples do que parece. Agora o problema é que ele depende de dois corpos, de duas almas, de dois corações e, também, de duas mentes. E não só isso, amor não é só dois pra sempre, é, também, outros. Porque seguimos amando. 
Amando nossos amigos, nossos familiares, nossa vida, nosso redor. E quem disse que não é o mesmo amor, é sim, é a mesma intensidade, mas com sentidos diferentes. Da mesma forma que tu amas tua mãe, tu podes amar teu marido, tu podes amar teus filhos e isso tudo depende principalmente de ti e se tu queres tornar verdadeiro.
Eu quero me sentir assim, sentir que eu amo plenamente. Mas eu não posso, porque eu preciso que seja mútuo. E nunca é. Então, eu me perco.
Eu perco o real significado de tudo. Do que eu faço e por que faço. E assim tu aprendes que quanto mais tu quer mudar, para melhor, mais tu te perde. Porque ninguém quer mudar mais, todos estão cansados. Todos querem ficar olhando pra cima e esperando a mudança chegar. E eu sei que não é assim. E eu sei que ainda tem muita coisa pra rolar. Muita coisa ruim, como, também, muita coisa boa.
Sigo acreditando. Sigo me perdendo. Sigo me achando. Sigo. Não paro.
 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Na melodia do meu samba

Hoje, eu fiz um samba, para mostrar ao meu amor,
um samba puro, sem frescura e sem pudor.
Nesse meu samba, existe uma harmonia linda,
que, certamente, meu amor apreciará.
Na sua melodia, eu coloquei algumas notas soltas,
para mostrar para o meu amor que, mesmo imperfeito, eu posso fazer ele feliz.
Com esse samba dançaremos a noite toda,
na noite insegura do bailar de nossos corações.
E assim saberemos que as estrelas são nossos holofotes,
e o samba e as estrelas se tornam o nosso forte.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Músicas e eu, uma história de amor e compreensão.

Então você está à espreita, se perguntando se ela já saiu ou não
A gola da jaqueta de couro erguida como uma antena, nunca sabendo quando parar
Óculos de sol dentro de casa como era de se esperar, luzes na pista e suor nas paredes
Gaiolas e postes

Adie a busca pela sua alma ou coloque-a em espera novamente
Ela está fumando, marota, dentro de casa
Ela chama os amigos que comandam a festa, seus amigos mais antigos
Tomando sua bebida e rindo de piadas imaginárias enquanto todos os sinais são enviados

Seus olhos te convidam a se aproximar e parece que aqueles caroços que você acabou de engolir em sua garganta te fizeram continuar

Vamos lá, vamos lá, vamos lá
Hino de festa nº 1


Ela é enlouquecedora certificada, sabendo muito bem que eu não sou
Eu poderia sugerir que a conheço de algum lugar apenas para fazer a bola rolar
Monólogos bêbados, confuso, porque
Não é como se eu estivesse me apaixonando, eu só quero que você não me faça nada de bom
E parece que você poderia.

Vamos lá, vamos lá, vamos lá antes que o momento passe
Hino de festa nº 1

O olhar do amor
O fluxo de sangue
O "ela está comigo"
O encolher de ombros conformado
Os fotógrafos amadores
O "camera plus"

O preto e branco e a subexposição de cores
As garotas de diversão
Os cubículos
A casa de diversão
O hino de festa nº 1



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Coisas que eu queria te falar, mas não posso, pois você não me pertence.

Já faz um tempo que estou assim, desconsolada e amargurada. Já tive esse sentimento anos atrás, quando eu sofri calada. Tu sabia, desde o início, que eu não queria nada muito complexo. Apenas aproveitar a tua companhia, a qual procuro hoje  nos cantos esquecidos de nós. Meu bem, meu esquecido bem, se foi e não disse adeus. Apenas foi comprar cigarros, naquela banca na estrada. Acho que se empolgou; aproveitou a sensualidade da estrada infinita e se perdeu nas curvas indiscretas da vida. Eu não julgo-o, porque faria o mesmo. Nós somos assim, tão semelhantes e tão distantes. Ambos queremos algo; não encontramos em nós, contudo. O nosso tempo juntos foi tão bom, tão efêmero e tão especial. Sei lá, meu bem, eu perdi minha opinião, sempre formada, nos teus olhos que me perseguiam. Eu não sei se meu drama, tão constante e tão comum, me faz pensar em tantas besteiras. Não digo que te amo, porque meu amor, eu não te amo. Porém, eu adoro ficar ao teu lado, ouvir o teu riso e me sentir confortável nos teus braços. Não consigo nomear esse sentimento, pois é algo além da imaginação, e eu sou péssima em nomear coisas. Se tu fores, meu bem, vá sem pressa; venha buscar, porém, o que deixou em mim. Desculpe, meu bem, esses sentimentos dispersos, que eu apenas levo dentro de mim.

domingo, 20 de julho de 2014

Um silêncio que vem da alma.

De cada palavra melancólica que saia de ti, eu senti um arrepiar.
Calada, eu fiquei.
Aquele arrepiar que começa na alma e aos poucos toma o corpo inteiro.
Calada, eu fiquei e ouvi.
Depois que meu corpo se recuperou eu pude falar.
Calada, eu fiquei e ouvi todos os rumores.
Porém, nenhuma palavra saiu da minha boca.
Calada, eu fiquei e ouvi todos os rumores de antigos amores.
Eu não consegui.
Eu apenas fiquei e ouvi calada.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Simplício

Eu quero a ingenuidade das coisas de novo;
quero ser feliz sem pudores,
quero mil amores,
quero que nunca me abandone.

terça-feira, 18 de março de 2014

Será que vale a pena?

Do que adianta um bom álbum sem um bom ouvinte;
uma boa comida sem um bom apetite;
um garfo sem uma faca;
um belo carro sem uma estrada;
um espelho sem um reflexo;
uma história sem um contador;
um avião sem um céu;
uma estrela sem um admirador;
uma vida sem um sentido;
um amor sem nenhum pudor;
um eu sem você.

A vida me ensinando a viver.

Olá, querida, te importuno?
Não, vida, o que queres?
Perguntar como foi o teu dia, apesar de já saber a resposta, minha cara.
Tu realmente queres ficar nessa conversa retrógrada?
Não. Eu queria mais pra tua vida.
Então, vida, somos duas.
Então esse é o fim dessa conversa?
Espero que não, vida.
Eu também.
Vida, quando as coisas vão melhorar?
Isso depende exclusivamente de ti.
Gostaria que não dependesse.
Não diga isso, tu tens um incrível potencial, só tu não enxergas.
Então devo trocar meu grau, vida, porque está difícil de enxergar.
Não é de óculos que tu precisas; porém, de esperança.
Pelo menos, ela é a última que morre.
Ela não é a última, ela só vem por último.

Aquilo que é claro.

Os meus medos eu enfrento,
pois sei que sem eles eu não sou nada.
A vida eu confronto,
porque apesar de difícil ela é prazerosa.
A passagem é de tempo,
apesar de custar caro.
E o desespero é eminente,
mesmo que tu fujas.